E a cada dia ampliava-se na boca aquele gosto de morangos mofando, verde doentio guardado no fundo escuro de alguma gaveta.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010





Nas noites de chuva, quando o céu lá fora desaba, as nuvens respondem e tudo estremece, ergo o olhar. Exausta, solitária.
Vejo ao meu redor o que ficou. Sinto que silenciosos fantasmas de outra idade me cercam, me assombram. Persistem.
Dou alguns passos. Sinto a chuva molhando meu corpo, lavando minha alma. A água escorre pelos meus pulsos fracos, marcados.
O passado me dá ânsias. O futuro me dá medo. Tento viver o presente. Só sinto o vazio escorrendo pelas mãos.

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