E a cada dia ampliava-se na boca aquele gosto de morangos mofando, verde doentio guardado no fundo escuro de alguma gaveta.

sábado, 30 de outubro de 2010




- 'O passado é talvez minha única invenção gloriosa. Por ele eu crio algumas linhas que me iludem na dissolução da hora presente sem finalidade. Por não lembrar de mais nada, exatamente como foi, eu falsifico uma pessoa que tende a ser melhor do que eu sou e a agir brilhantemente em qualquer aperto.
Minha idéia de mim é como a história de um país que se idolatra por seus mortos enforcados ilustres. Afirmo ter estado nas paisagens do armário que sonhei, mas não encontro jamais uma das caras possíveis por essa peregrinação da cabeça em minhas sendas.
Só a hora presente é o meu país, sem progresso e sem grandeza.
Só as aves entendem o que estou olhando ao longe, sem pensar, mas sentindo minha insignificância perfeita.

3 comentários:

  1. Oi querida =)
    Boa noite,fiquei muito feliz com seu recadinho e que tenha gostado do meu blog!
    Um seu estar um encanto,adorei o poema,fala um pouco sobre o que eu sinto no momento,e a decoração do blog esta uma arraso.
    Vou segui-la tb com muito carinho
    Um beijinho e um final de semana iluminado.

    Bjos

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  2. Oi Mariane... Saudade de vc!

    Somos imperfeitos, mas muito significantes, isso sim!)
    Dentro da nossa dinâmica tudo é possível... Se ontem sonhava olhando pela janela, hoje pode passar pela janela dos sonhos e se permitir viver o que a vida te reserva.
    Permita-se!

    Bom (re)início de semana pra ti,
    minha doce amiga!

    Grande BjO!

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