E a cada dia ampliava-se na boca aquele gosto de morangos mofando, verde doentio guardado no fundo escuro de alguma gaveta.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010



Aquela banalidade de vida é que era a realidade da vida dela; aquela impossibilidade de fazer mais que sonhar é que era a certeza dele. O que ela manifestara para com ele fora apenas um sonho em voz alta, e o que ele manifestara para com ela, uma possibilidade em voz baixa. As vozes harmonizaram-se pela própria desarmonia.


Os devidos créditos à Milena Caetano, pela ilustração perfeita:
http://milenacaetano.blogspot.com



Nenhum comentário:

Postar um comentário